Serralves abre oficinas para as férias de Natal

Adesão Iniciativa reúne cerca de 350 crianças até ao próximo dia 30 Para algumas actividades mais tradicionais chega a haver lista de espera 

As Oficinas de Serralves já se tornaram uma tradição para os mais pequenos

As oficinas de Natal de Serralves começaram, timidamente, há cerca de uma década e são já uma referência incontornável para dezenas de crianças em gozo de férias escolares. Ontem começaram seis das 12 oficinas, num programa que se prolongará até ao próximo dia 30 e que envolverá cerca de 350 crianças.

Numa das salas da Casa de Serralves (as outras actividades desenrolam-se na denominada "Quinta" e no museu da Fundação) 13 crianças debruçavam-se, em silêncio, sobre grandes folhas de papel em branco. A seu lado, os lápis aguardavam pela imaginação das crianças.

Estimuladas

A manhã tinha começado com a visita à exposição do artista suíço Thomas Hirschhorn e era altura de as crianças "planearem, engenharem e fantasiarem" um projecto.

"Falei-lhes do artista, dos materiais pobres que utiliza, como o cartão, a fita-cola ou o plástico, e que elas também vão usar. Vamos transformar este espaço com materiais que vieram da própria exposição e da fundação", referiu José Maia, monitor da oficina "Arquitectar".

Nem a presença de estranhos fazia as crianças (com idades entre os seis e os oito anos) desviar os olhos das folhas em branco. "Elas vieram muito estimulados da exposição", explicou José Maia.

"A adesão tem sido muito boa e para algumas oficinas temos lista de espera. Este ano inovámos, pois cada actividade é pensada para cinco dias. A única excepção é a do bolo-rei, que tem a duração de três horas", afirmou Sofia Victorino, responsável pelo Serviço Educativo de Serralves.